A paisagem urbana oferece tudo o que um Membro pre
cisa: estoques de sangue praticamente inesgotáveis, contatos
suficientes para satisfazer o vampiro mais sociável (e lugares recluso
para satisfazer os mais individualistas), além de refúgios contra o
obisomens que perambulam nas áreas rurais, longe das luzes da
cidade.
Infelizmente para os Membros, as cidades são os viveiros ond
multiplicam-se os eventos da Jyhad, a grande guerra canibalístic
que tem sido travada entre os mortos-vivos por mais tempo do que o
vampiros mais velhos são capazes de se lembrar. A noite é tão
excêntrica quanto os próprios Membros, e longos períodos de pa
relativa podem desmoronar em um derramamento de sangue sem
nenhum aviso prévio. À medida que os vampiros se apegam às ci
dades em busca de proteção e subsistência, a união com outro
Membros é inevitável.
Nas noites ancestrais, quando havia poucos humanos e as cidade
não eram tão populosas, os Membros costumavam espreita
sozinhos em seus campos de caça, sem jamais encontrarem outro
de sua espécie. Nos dias de hoje, o contato com outros predadores
nevitável, o que gera a necessidade de existir um certo equilíbrio d
poder dentro da cidade. Os vampiros anciões controlam seu
próprios territórios, os príncipes governam com garras de ferro, o
anarquistas resistem nas ruas e guetos, e as selvagens fêtes vampírica
êm lugar longe dos olhos dos mortais. Mesmo os mais grave
conflitos entre os Membros ocorrem por detrás do véu da Máscara,
código de silêncio que proíbe os vampiros de revelarem sua naturez
aos humanos que os cercam.
Ironicamente, as cidades são tanto prisões quanto paraísos par
os Membros. Se eles as deixarem, arriscam-se a perder suas não
vidas por causa da inaniçâo ou das garras dos lobisomens. S
permanecerem, podem se entregar às suas paixões, mas inevitavel
mente entram em conflito com outros de sua espécie. É um
existência tensa e frágil, dedicada a afugentar as inúmeras maldiçõe
da imortal idade: depressão, fut i l idade e um tédio
enlouquecedor.
A proporção entre vampiros e mortais cresceu no último século
Muitos príncipes vampiros recomendam um limite de l vampiro par
cada 100.000 mortais, com o intuito de manter a existência do
Membros em segredo. Todavia — e sobretudo nos últimos anos —
algumas cidades excederam essa proporção, e a crescente populaçã
de Membros está se tornando o motivo de uma terríve
inquietação. Nas cidades que não se submetem ao cumpriment
da Máscara, como aquelas que estão sob o controle do Sabá, a pro
porção pode exceder em até duas ou três vezes o nível aceitável. A
superpopulação não é um problema fácil de se resolver; decidir ar
bitrariamente quais vampiros podem ficar e quais devem sotrer
Morte Final é um assunto político que nenhum príncipe desej
considerar, exceto na mais crítica das circunstâncias.
Alguns vampiros, no entanto, sentem que a situação deve se
tratada energicamente. Jovens vampiros de sangue fraco aparecem
com frequência cada vez maior nas cidades dos anciões, e muito
Membros murmuram que o tempo da "caça", quando os mestre
ocultos da Jyhad se erguerão para devorar o resto, está bem próximo.